After Action Review: O que é, e como aplicamos

Toda organização, independentemente de seu setor de atuação, enfrenta desafios constantes em busca de melhorias e aprimoramentos em suas operações e desempenho. Uma ferramenta valiosa que tem sido amplamente adotada para enfrentar esses desafios é o After Action Review (AAR). Neste artigo, exploraremos detalhadamente o que é o After Action Review, sua origem e como a Aldeia Incompany utiliza essa abordagem poderosa para potencializar equipes após dinâmicas de Team Building.
After Action Review. O que é e como aplicamos.

No mundo empresarial, a busca incessante por estratégias eficazes de aprimoramento das equipes é uma realidade. Uma dessas estratégias, que também é conhecida como Processamento do Aprendizado, é o After Action Review (AAR). Trata-se de um processo valioso que possibilita que as organizações aprendam com suas experiências passadas e se aperfeiçoem de forma contínua. Neste artigo, exploraremos minuciosamente o que é o After Action Review, sua origem e como a Aldeia Incompany utiliza essa abordagem poderosa para potencializar equipes após dinâmicas de Team Building.

O Que é o After Action Review?

O After Action Review, conhecido como AAR, é uma técnica amplamente empregada em diversos contextos, que vai desde o ambiente militar até o empresarial. Seu foco principal reside na análise de experiências passadas, abrangendo operações, projetos e atividades de treinamento, com o intuito de identificar lições aprendidas, áreas de melhoria e insights valiosos.

Essencialmente, o AAR busca criar um ambiente seguro e aberto para que os participantes possam refletir sobre os acontecimentos passados, reconhecendo o que funcionou bem e identificando oportunidades de aprimoramento. Trata-se de um processo de autocrítica construtiva, cujo objetivo não é atribuir culpas, mas sim encontrar soluções e promover aprendizado.

Além disso, o AAR não se limita a avaliar o desempenho da equipe; ele também desempenha um papel fundamental como catalisador de mudanças culturais. Para que os AARs sejam eficazes, os líderes desempenham um papel crucial na criação de um ambiente caracterizado pela transparência, abertura e franqueza. Nesse ambiente, os membros da equipe são incentivados a desafiar as formas convencionais de pensar e agir.

Todos, inclusive os líderes, devem se dispor a compartilhar abertamente como seu próprio desempenho pode ter influenciado o sucesso ou o fracasso da equipe. Além disso, é importante reconhecer as contribuições das pessoas e práticas que contribuíram para o êxito da equipe. Quando os AARs são realizados de forma regular para avaliar tanto eventos bem-sucedidos quanto os que não atingiram os objetivos esperados, eles têm o poder de fortalecer as equipes e aprimorar seu desempenho.

Além disso, os AARs podem se tornar parte integrante da cultura organizacional. Quando as lições aprendidas nesses processos são compartilhadas amplamente, as experiências de uma equipe podem beneficiar toda a organização, promovendo um ciclo contínuo de melhoria e aprendizado.

A Ciência por Trás do After Action Review:

Como você conserta uma operação com falha? Como você repete o sucesso inesperado? Como você garante que a catástrofe nunca mais aconteça? Toda organização deve fazer perguntas como essas, e na década de 1970, o Exército dos EUA desenvolveu uma resposta: o After Action Review (AAR). Nas décadas seguintes, empresas notáveis como a Microsoft e a Boeing adotaram essa prática, que se tornou uma resposta comum à crise em muitas organizações. No entanto, a eficácia do AAR nem sempre é garantida, como explicaremos a seguir.

O AAR foi criado como uma alternativa à crítica de desempenho, que muitas vezes gerava estranhamento e divisões nas equipes. Ele introduziu duas características cruciais:

  1. Participação: O AAR era participativo, envolvendo todos os membros da equipe em uma conversa aberta para garantir que todas as perspectivas fossem consideradas. Isso eliminou o descontentamento e promoveu a união.
  2. Narrativa: Em vez de listar diretrizes abstratas, o AAR se concentrou na narrativa do evento, conectando circunstâncias e comportamentos precisos a resultados específicos. O cérebro humano aprende melhor por meio de exemplos narrativos, tornando essa abordagem eficaz na produção de mudanças organizacionais.

O AAR original foi estruturado em quatro partes, cada uma focada em uma pergunta diferente:

  1. O que esperávamos que acontecesse?
  2. O que realmente aconteceu?
  3. Por que houve uma diferença entre o que esperávamos e o que realmente aconteceu?
  4. O que podemos mudar na próxima vez?

Essa abordagem garantia que todos os membros da equipe contribuíssem para a análise e as mudanças subsequentes.

Três Características para AARs Eficazes

Aqui estão três maneiras de melhorar a eficácia do AAR:

1. Influencie uma comunidade, não um processo. Em vez de focar excessivamente no processo, concentre-se na equipe, nos clientes e em outros membros da comunidade. Identifique seus motivos para querer mudanças e descubra como o evento os afetou pessoalmente. Priorize a descoberta e o compartilhamento de histórias pessoais.

2. Gaste 75% do seu tempo na Parte 2. Na maioria das AARs, a Parte 2 é frequentemente negligenciada, mas é crucial. Dedique a maior parte do tempo disponível para analisar cada parte do evento da perspectiva de todos os envolvidos, evitando conclusões precipitadas e garantindo a revelação de todo o conhecimento existente sobre o evento.

3. Conte a história toda. Evite que alguns membros da equipe evitem a responsabilização enquanto outros assumem a culpa por resultados que não são de sua responsabilidade. Sempre que alguém assumir a responsabilidade por um resultado específico ou apontar fatores externos como a única causa de um evento, envolva todos os outros presentes para compartilhar sua versão completa do que aconteceu. Isso revelará as causas mais profundas dos resultados, sejam eles bons ou maus.

Desmistificando Mitos sobre AARs

Apesar de sua eficácia potencial, três mitos frequentes prejudicam a utilização adequada do AAR:

Mito 1: AARs são opcionais. Embora nem todas as organizações realizem AARs formais, todos os membros da equipe inevitavelmente realizam AARs informais após revezes e fracassos percebidos. A questão é se essas AARs ocorrerão de forma privada, fragmentando a equipe, ou coletivamente, para que todos possam se beneficiar da história completa.

Mito 2: O objetivo das AARs é gerar uma lista de lições aprendidas. O verdadeiro propósito das AARs é gerar uma história coletiva que impulsione mudanças no comportamento da equipe, o que requer mudanças de atitude, emoções positivas e ações específicas. A narrativa é a chave para alcançar essas mudanças.

Mito 3: Os participantes da AAR podem concordar em discordar. Para que uma AAR funcione, todos devem convergir para a mesma narrativa, evitando dissidências isoladas e garantindo que todas as perspectivas sejam ouvidas. Isso exige conversas difíceis e a resolução ativa da ambiguidade.

Como aplicamos o After Action Review

A Aldeia Incompany é uma empresa e líder nacional na oferta de dinâmicas de Team Building e treinamentos corporativos para melhorar a coesão e o desempenho das equipes. Uma das nossas práticas centrais é a aplicação do After Action Review ao final de todas as dinâmicas de Team Building oferecidas em nosso portfólio seguindo as três etapas descritas logo abaixo:

Etapa 1: Recolhimento de Insights da Equipe

O processo começa com a primeira etapa: o recolhimento de insights da equipe sobre a atividade realizada recentemente. Após a conclusão da dinâmica de Team Building, os participantes são convidados a compartilhar suas percepções, reflexões e lições aprendidas durante a atividade. Isso pode incluir o que funcionou bem, os desafios enfrentados e as estratégias que se mostraram eficazes.

Etapa 2: Colocação e Sugestão de Combinados

Na segunda etapa, os participantes são incentivados a sugerir combinados, ou seja, acordos ou compromissos que gostariam de propor para que o grupo trabalhe melhor a partir da experiência vivenciada no Team Building. Esses combinados podem se referir a aspectos como comunicação, colaboração, resolução de conflitos, entre outros.

Etapa 3: Consenso e Compromisso

A terceira e última etapa envolve o consenso com relação aos combinados propostos. Todos os participantes têm a oportunidade de discutir, ajustar e concordar com os combinados sugeridos. É fundamental que todos os membros da equipe estejam alinhados e comprometidos com as ações acordadas, pois isso garantirá que esses combinados sejam efetivamente aplicados no dia-a-dia de trabalho.

Benefícios do AAR

A nossa abordagem de aplicar o After Action Review ao final das dinâmicas de Team Building oferece uma série de benefícios significativos para as equipes corporativas:

  • Aprendizado Contínuo: O AAR promove uma cultura de aprendizado contínuo, onde as equipes estão constantemente refinando suas habilidades e processos.
  • Melhoria da Comunicação: A discussão aberta e honesta durante o AAR ajuda a melhorar a comunicação e o entendimento mútuo entre os membros da equipe.
  • Fortalecimento da Coesão: Ao definir combinados e alcançar consenso, as equipes fortalecem sua coesão e compromisso com objetivos compartilhados.
  • Aplicação Prática: Os insights e combinados identificados no AAR são diretamente aplicáveis às situações do mundo real, resultando em melhorias tangíveis no desempenho.
  • Resiliência e Adaptação: A capacidade de aprender com experiências passadas torna as equipes mais resilientes e adaptáveis a desafios futuros.

Em resumo, o After Action Review é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento e aprimoramento das equipes corporativas. Aqui na Aldeia Incompany utilizamos essa abordagem de forma estruturada e eficaz, permitindo que as equipes não apenas participem de dinâmicas de Team Building emocionantes, mas também colham os frutos desse aprendizado no ambiente de trabalho.

Se você busca elevar o potencial de sua equipe e promover uma cultura de aprendizado contínuo, considere a Aldeia Incompany e sua abordagem inovadora de After Action Review aplicado nas atividades Team Building. O futuro de sua equipe pode ser moldado pelas lições do passado e pelo compromisso com o crescimento constante.

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Referências:
1- Harvard Business Review - A Better Approach to After-Action Reviews |Escrito por Angus Fletcher, Preston B. Cline e Matthew Hoffman
2- Wharton Executive Education - After Action Reviews 

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